segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pela Cidade



Um só


Solidão de travesseiro...
Cobertor é o luar.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sol Itário II

Sol Itário

Respeita Januário


Oi muito prazer (smack), eu sou a Música Popular Brasileira ou mais para os íntimos, MPB.

O que nós da imensa minoria brasileira podemos conhecer por música popular brasileira? Todas as músicas compostas, produzidas e gravadas em território nacional? Composições mais regionalistas, que retratam os estilos musicais de cada região do nosso país? Será que o folclore também faz parte da tal MPB?

Queiram me desculpar leitores, mas infelizmente não tenho as respostas para perguntas tão perturbadoras, e nem é meu objetivo com essa coluna esclarecer tais tipos de dúvidas. Não quero entrar em atrito com os pagodeiros, os funkeiros, os roqueiros, os axézeiros, ou os “mpbzeiros”; pois é dentro da música feita no Brasil, existe um estilo musical denominado mpb, é mais ou menos como a música popular brasileira em si mesma ou vice e versa; interessante não? Portanto evitando problemas, voltarei a um “significado” criado no fim dos anos 90 por mim e companheiros que trabalhavam em uma rádio comunitária (Rádio Santê) aqui em BH. A partir deste primeiro número esta coluna irá tratar de assuntos relacionados à MPB (Música Porpular Brasileira) isto mesmo com “r” depois do “o”. E vocês me perguntam, “O que isso significa?”. Bom, na época foi como chamamos o tipo de música pouco conhecida pelo público em geral, músicas que não são divulgadas pela mídia, que não tocam cem vezes por dia em todas as rádios. Músicas de compositores comprometidos, que sabiam de sua função social, política e até mesmo espiritual. Quem nunca chorou ouvindo uma música que vá pra “Tonga da Milonga do Cateretê”. É com esse objetivo que também começo a escrever sobre nossa música porpular.

A partir de fatos, casos e causos e de vez em quando algumas lendas buscarei um paralelo entre a história de nossa música e a história de nosso país, a história do povo que criou uma diversidade cultural riquíssima, diversidade essa, que dependendo do ponto de vista, pode ser dividida em duas partes. Uma parte detentora de poder econômico e na maioria das vezes político que comanda através dos meios de comunicação aquilo que você vê, ouve e opina (Dominador). E outra parte sem poder político e na maioria das vezes sem poder econômico que tenta estabelecer uma identidade perante tal imposição (Dominado). Não deixando de lado, é claro, o pequeno e não menos importante detalhe de que no caso do Brasil, um país que pode ser considerado colônia em vários aspectos, a cultura do Dominador, também sofre imposição exterior, já é uma cultura dominada, pois no nosso querido planeta globalizado, a cultura universal é não menos que o regional de alguém imposto pra todo mundo.

E desde de que começou a ser chamada de música popular, isto é, música feita na maioria das vezes em centros urbanos e para o lazer, desde de que se fundiram europeus, índios e negros, até os dias mais atuais onde a tecnologia influencia tudo, nossa música passou por tendências, movimentos e estilos. Ë sobre isso que vamos falar e pra começar contarei o episódio que deu título a nossa coluna: Luiz Gonzaga, certa vez estava voltando pra casa, isso depois de fazer o maior sucesso, rodar o país e já ser considerado o rei do baião. Levava consigo seu fole prateado, um acordeão de 120 baixos, instrumento pra ninguém botar defeito. Sentia-se “o maioral”, todo prosa, convencido de que seu pai ficaria de queixo caído quando visse seu filho desse jeito. Mas passando por Granito, uma cidade próxima a de seu pai, ele encontrou o velho Jacó. O velho que já conhecia Gonzagão desde de menino notou aquele ar de egocentrismo, e não gostou nada. “E foi ao que me falou meio zangado o veio Jacó. – Luiz, respeita Januário, tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso... respeita os oito baixo do teu pai”. Se no acreditam na minha estória podem ouvir da boca do próprio Gonzagão, a música se chama Respeita Januário e é linda. Respeito, tenho eu por uma pessoa que faz uma música engraçada, rítmica, que fala sobre o ego e usa a si mesmo como exemplo. Salve Luiz Gonzaga, o rei do baião. E quanto a nós será que lembramos pelo menos de vez em quando de respeitarmos Januário. Pois então lembrem-se minha gente, RESPEITEM JANUÁRIO.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Escrever é Bom

Escrever é bom

Há momentos em que pareço estar sonhando.
Como se estar acordado, fosse um outro tipo de sonho. Mas também irreal. Fora do controle das minhas mãos. Como a imagem fugidia.
Mas o sol está brilhando lá fora. Posso senti-lo.
É preciso enxergá-lo. A luz dele é tão forte.
Creio que ela também brilhe em cada um de nós.
Por isso talvez continue. Andando meio que aos tropeços. Caindo em buracos. Alguns tão fundos. E sem ar.
Respirar. Preciso respirar. Até quando sonho o sonho mesmo, eu respiro. Respiro. Sempre.
E assim é bom.

De repente...

De repente...

Foi assim, não mais que de repente
Do instante surgiu...
Primeiro vazio, frio na barriga.
Depois saudade e um tempero triste...
Do anoitecer ainda não sei.
De repente se foi segunda...